Os
Verões de 1996 a 1998 foram um período particularmente feliz para mim. Essa
felicidade deveu-se, em grande parte, a um local - os Olivais - e a um conjunto
de pessoas. No início da adolescência, tal como na infância, não é preciso
muito para sermos felizes e, por outro lado, Portugal atravessava um período de
uma certa prosperidade, pelo que nem os nossos pais estariam especialmente
preocupados com nada. Hoje
faço um pequeno relato do meu quotidiano e das pequenas coisas que me fizeram
feliz.
Habitualmente
a parte da manhã ficava reservada a uma ida até à piscina dos Olivais, enquanto
a parte da tarde dividia-se entre partidas de cartas, jogos de basquetebol ou,
com maior frequência, jogos de futebol num espaço relvado existente na Rua
Alferes Barrilaro Ruas, entre os números 20 a 30.
Na cidade de Lisboa, reunir
estas actividades num espaço tão reduzido só era possível nos Olivais, pois
mais nenhum "bairro" reunia um complexo desportivo como o das piscinas dos olivais - uma piscina olímpica, uma piscina de saltos, dois campos de futsal, etc. - vários equipamentos desportivos públicos de utilização livre e gratuita - campos de futebol e basquetebol -, espaços verdes suficientemente grandes para neles se realizaram jogos de
futebol ou, por último, locais de convívio junto de prédios de habitação onde
jogávamos jogos de cartas ou simplesmente nos juntávamos.
À
noite, consoante a nossa idade e a época do ano, para além do convívio dos dias
mais calmos, aproveitando o ordenamento urbano dos olivais, jogávamos à lata, às
escondidas ou aos atacadores.
Como
disse foi uma época feliz e, portanto, queria agradecer aos meus amigos de
então, bem como aos construtores do bairro dos Olivais que, através de uma
equipa interdisciplinar de arquitectos e de especialistas ligados ao desporto,
permitiram que passados 30 anos um grupo de jovens tivessem um privilégio ao alcance
de muito poucos.
De facto... bons tempos e boas memórias. Abraços
ResponderEliminar