sexta-feira, 14 de outubro de 2011

“Our revenge will be the laughter of our children”

Os anúncios de ontem não me tocam particularmente, em 5 anos de trabalho nunca tive um subsídio de férias ou natal - entre muitas outras "regalias"-, mas mesmo assim não deixo de ficar indiferente.



Recordo que quando acabei a minha Licenciatura, o líder da oposição - Durão Barroso - gritava furiosamente no Parlamento que o país estava de tanga e com este discurso sentenciava o já longo mandato de António Guterres.


De então para cá, mantendo a mesma linha de metáfora, Portugal já se encontra na praia de nudismo com depilação total e à beira de esfolar a pele.

Serve esta introdução para dizer que quando entrei no "mercado de trabalho" as coisas estavam péssimas e desde aí só pioraram. Pouco importou ter sido um aluno acima da média na Licenciatura, ou bastante acima da média no Mestrado, em Portugal não se premeia o mérito nem o trabalho e a minha geração tem sido duramente prejudicada por uma classe política corrupta, incompetente e, sobretudo, extremamente egoísta.


Não está em causa se a nossa geração é melhor ou pior que as anteriores, se sabe mais ou menos, se quer trabalhar ou não, ou ainda se as suas qualificações elevadas correspondem
de facto a um know how especializado.


Para cada uma destas afirmações provavelmente encontram-se dezenas de milhar de exemplos contraditórios. O que está em causa é que as oportunidades são muito reduzidas ou quase nulas para os “bons” e, por vezes, até para os “excelentes”.


Esta é uma situação que não beneficia ninguém, nem aos que trabalharam arduamente em busca de um objectivo inatingível, nem para a sociedade portuguesa à medida que as organizações desprezam e não aproveitam o melhor que esta tem para o oferecer: o seu capital humano.


Esperamos que esta pequena reflexão estimule o leitor a reflectir e a agir, para que no
futuro mais nenhuma geração tenha que passar pelo mesmo.



"Our revenge will be the laughter of our children"

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